República do Pensamento

Você lapida o não disparado pela minha boca
Sabendo que o sim nem sempre é o melhor de mim
Existem borboletas passeando na sua escuridão
Um barulho de trem lembra a força dos seus vagões
Sua respiração toca a melhor das melodias
Não existe flecha no atirar do arco-íris
O amanhã saiu da casca do ontem
O luar não se impõe: aí está sua boniteza
Quero o seu colo para além de cinquenta tons de cinza
Não inventemos solidão maior que a muralha da China

* Marcos Fabrício